Monday, February 04, 2013

A emoção tem sempre uma razão de ser.



Sou alguém em quem, a emoção, apesar de domesticada pela vivência, é ainda uma primazia.
Em mim, a emoção é sempre a primeira a chegar ao meu pensamento.

Mas também sei, que a razão virá depois,
inadvertidamente, ou porque eu a “convoquei”.
E a razão chegará sempre disposta a conter os ímpetos e excessos da emoção.
No entanto, o maior, ou menor atraso,com que a razão chegou a mim,
vai tornar mais ou menos difícil a função de amenizar ou controlar a emoção.
Por vezes, deixo a emoção entrar e,
de tal forma, instalar-se, acomodar-se, sentir-se em casa e fazer “parte da mobília” 
que, depois, se torna difícil, expulsá-la da minha “sala de estar”. 
Quanto mais tempo a emoção passa comigo
mais lhe sentirei a falta se dela tiver de prescindir.

Mas, quando a emoção procura suplantar a razão,
o momento exige reflexão
e por isso existirão sempre muitos momentos na minha vida,
em que terei de optar entre a razão e a emoção,
mesmo correndo o risco de optar erradamente,
e sabendo que raras serão as vezes em que poderei voltar atrás e reformular a escolha.
O preço a pagar pela escolha errada será um peso que terei de suportar.

Tenho por hábito, dar importância àqueles pensamentos que contradizem os meus sentimentos
e por isso, é necessário apelar a alguma sabedoria,para refletir,
tentar ouvir a razão e sentir a emoção,
procurar sentir o pensamento e pensar o sentimento,
deixando que razão e emoção se choquem, se digladiem,
para que de aí possa resultar um equilíbrio.
Mesmo que seja um equilíbrio, permanentemente, no “fio da navalha”.

Sei que não posso querer entender e racionalizar cada sentimento pelos outros,
porque, o que é certo para mim pode ser errado para outra pessoa,
e tudo dependerá sempre do meu ponto de vista,
da forma como olho o mundo,
das minhas idiossincrasias,
assim como, por outro lado, percebo que não há nada na minha inteligência que não tenha chegado até ela por meio dos meus sentidos.

Posso até pensar que alguém, ou alguma coisa, é o ideal para mim,
mas se não me despertar nenhuma espécie de emoção, não será o certo para mim,
porque se é o intelecto que procura,
é o sentimento que guia e encontra.

E porque a razão pode avisar-me daquilo que convém evitar,
mas somente o coração me diz o que é preciso fazer.

No entanto, se não surgir um caminho equilibrado, se emoção e razão não se entenderem
porque, muitas vezes a emoção fica cega e a razão fica surda,
talvez seja o momento de ser radical com uma das metades,
porque a minha construção interior sadia, necessita de uma harmonia entre a razão e emoção
e porque se é a emoção que me move, é a razão que me controla

Sei que ser sensato, pode, nem sempre, ser o melhor caminho,
e que, às vezes, há que arriscar um pouco,
Sei que, no mais das vezes,
a razão entra em conflito com a emoção por medo de uma deceção.
Mas também sei
que é a razão que me pode iluminar…mesmo que seja com a “candeia” da emoção,


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